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Golpe do boleto alterado

Você já ouviu falar de usuários que recebem e-mails legítimos de cobrança mas com boletos falsificados no anexo? Nesses casos o e-mail é enviado normalmente mas a vítima tem o anexo alterado por um software malicioso chamado de Reboleto (ou "KL Reboleto"), uma ameaça digital que se concentra em invadir caixas postais e manipular boletos bancários que estão anexados a mensagens de e-mail. Ao conseguir acesso à caixa de entrada de uma vítima, os criminosos por trás desse ataque identificam boletos pendentes. Eles então aplicam modificações sutis, como a alteração do código de barras ou dos detalhes do beneficiário, redirecionando os pagamentos para contas controladas pelos atacantes.

Os riscos e impactos

As consequências desse ataque podem ser graves. As vítimas, ao receberem os boletos adulterados, podem inadvertidamente enviar pagamentos para contas fraudulentas. Isso pode resultar em perda financeira direta, atrasos em transações comerciais ou pagamentos não reconhecidos. Além disso, a reputação das empresas cujos boletos foram alterados também pode ser prejudicada, já que a confiabilidade de suas transações financeiras pode ser questionada.

Medidas de prevenção

O ataque começa com a obtenção dos dados de autenticação da caixa postal da vítima. Por isso, para mitigar o risco de ser alvo do ataque de troca de boleto, é fundamental adotar medidas proativas de segurança:

  1. Tenha sempre um antivírus atualizado em execução: uma proteção ativa por meio de um antivírus ou anti-malware podem evitar que as senhas de suas caixas postais sejam capturadas por agentes mal-intencionados.
  2. Use senhas fortes e únicas: não repita senhas em serviços diferentes. Para lembrar de todas as suas senhas, use um gerenciador de senhas.
  3. Educação e conscientização: treinar os funcionários e usuários para reconhecerem os sinais de e-mails fraudulentos e solicitarem verificações adicionais antes de processarem pagamentos é crucial.
  4. Verificação de transações financeiras: sempre que possível, verifique os boletos com fontes alternativas antes de efetuar o pagamento. Isso pode incluir entrar em contato diretamente com a empresa ou instituição para confirmar os detalhes de pagamento.
  5. Autenticação multifatorial (2FA/MFA): reforçar a segurança das contas de e-mail com autenticação multifatorial dificulta o acesso não autorizado, tornando mais difícil para os invasores penetrarem nas caixas postais para trocarem boletos ou obterem outras informações sensíveis e privativas.

Em um cenário onde a sofisticação das ameaças cibernéticas continua a crescer, a conscientização e a adoção de práticas de segurança rigorosas são cruciais para manter a integridade das transações financeiras e proteger-se contra esse tipo de golpe. Ao investir em educação, tecnologias de segurança e processos de verificação robustos, indivíduos e organizações podem fortalecer suas defesas contra essa ameaça emergente.

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